segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Carpe Diem

"Olha Maria, 
eu bem te queria fazer uma presa da minha poesia, mas hoje, Maria, pra minha surpresa, pra minha tristeza, precisas partir.

Parte, Maria que estás tão bonita, que estás tão aflita pra me abandonar. 
Sinto, Maria que estás de visita, teu corpo se agita querendo dançar.

Parte, Maria que estás toda nua, que a lua te chama, que estás tão mulher.
Arde, Maria, na chama da lua. Maria cigana. Maria maré.

Parte cantando Maria, fugindo contra a ventania, brincando, dormindo num colo de serra, num campo vazio, num leito de rio, nos braços do mar.

Vai, alegria que a vida, Maria, não passa de um dia, não vou te prender.

Corre, Maria que a vida não espera é uma primavera, não podes perder.

Anda, Maria, pois eu só teria a minha agonia pra te oferecer" (Chico Buarque).

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