quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Animais como cobaias - Contra ou a Favor?

Me jogaram nesse labirinto de várias entradas e uma saída. Já tentei algumas, mas tudo em vão. Entre vagões continuo a andar e de tanto que já caminhei passo a ter comigo certeza que estou próxima do fim.
De tanto errar ignoro muitas possibilidades, mas cansada adentrei uma porta aberta não por escolha ou dúvida e sim,  por de repente, me perceber aqui.
Penso que algo tão involuntário é o destino dando uma chance nesse lugar que, apesar de me causar "três As" (angústia, ansiedade e absurdo), desperta em mim desejo de ser o que não fui e ter o que não sei (é bom, pois só assim vejo sentindo de continuar caminhando).
Tal qual a caixa de Skinner, posso ouvir cada ponteiro de segundo se movimentando no compasso das gotas chinesas amparadas em um balde ali mais adiante. Confesso que carregada pela vibração desse ambiente de tons azuis e de gosto de noitada de ontem com aconchego e adrenalina por horas esqueço é de mim. Aliás, aqui fico pensando: quem sou pra mim?
Sou dessa liberdade de entrar e sair e continuar a seguir ou do meu observador que aqui me deixa a mode brincar de me experimentar?
Eu sei do tempo que se passa e já há muito. Além do aceitável. 
Estou  aproveitando o que tenho por aqui. É coisa boa. É simbiose entre campos, físico e geográfico. É me sentir daqui porque só queria ter aqui. Então, pra quê sair?
Decidi não ouvir essas interrogações e me entregar a cada pedaço que vejo. Parece até que é o meu fim.
Tempo que não conta, só se sabe porque se sente. 
Se gasta, se usa, sua, tem sede e se cansa. De dormir por relaxar por se entregar. 
Mas, corre, o tempo terminou.
Acabo de sair. Estou andando de costas por ter apreço por esse que me acolheu e me libertou. Mas estou chegando próximo, pois vejo a unica porta que finalmente, me indica a saída e me suga.
Estou entre elas, neste exato momento: sempre aberta e o nunca mais.
Me viro sem olhar pra trás e acabo de sair desse labirinto que há dez meses me fez de experiência.
Adeus. Até daqui a pouco ou até nunca mais? Te amo pra sempre.




terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dia-a-dia de Mariax

Sabe, eu me pego constantemente pensando em como você está, o que está fazendo, o que tem passado, quais as novidades, se há alguma pelo menos, sobre aquele médico, sobre música, sobre como você por fim, tem se sentido.
Tenho uma curiosidade mórbida de saber com quem anda o teu sorriso e quais ouvidos estão escutando as tuas histórias.
Queria saber quais os métodos que adotaste para substituir as horas que passávamos juntos. Será que está surtindo efeito e em tão pouco tempo tu nem te lembras mais da gente?
Pensando assim, me bateu a vontade de saber se tua memória gravou nossos momentos juntos e se tua pele ainda se arrepia ao deixar se invadir por aquelas sensações que sentimos (se deixar invadir).
Receio em esquecer algo que, quando aconteceu, eu prometi que jamais esqueceria. Muito menos seria preciso forçar uma lembrança, tudo seria vivo. O ontem no hoje, o passado no presente.
Fico pensando se vais encontrar alguém que te entenda como eu te entendi. Sim, eu quis entender. Mas e essa nova pessoa, vai querer?  Será que tu terás a sensibilidade de permitir apenas pessoas que te entendam ou vais correr, mais uma vez, atrás do impossível?
Queria entender qual o sentido de me bloquear parcialmente.
O meu superego me diz que devo te deixar seguir. Que essa é a hora. É o certo. A essa altura, nem um "oi"  é permitido.
É estranho né?
Como vou fazer, de você, um estranho? Como faz alguém que, constituiu a tua história e, de repente, te parece superficial?
Com quanto tempo teu contato vai se tornar um apanhado numérico qualquer sem sentido?
Minhas pulsões mais incrustada pensou que te provocar era a melhor saída. Tu te afastarias com raiva. Era mais fácil.
Uma amiga disse que isso era notavelmente uma atitude desequilibrada de quem vive entre a razão e a emoção.
Um pouco mais de atenção e veria, na verdade, atrás disso, um grito de "eu sinto a tua falta, mas né..."
É o que me desperta. O privado versus o que me condena e me absolve.
A tristeza que combato é por não saber, afinal, como vai você?
Será que quando estas sob efeito da noitada pegas teu telefone e cisma que tem urgência em falar comigo?
E noutro dia minha voz ainda é a tua cura?
Será que ainda pensas nisso?
Quem tem te dado bom dia e boa noite ou desejado que dormisses bem?
Quem tem elogiado tuas ultimas composições?
Esse "não-saber" te despertou inspiração e resultou em alguma letra, melodia e música?
Aparece um dia pra dizer como vai  a tua vida, pois eu ainda gostaria de saber.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

"Quero ser teu amigo, nem demais e nem de menos,
Nem tão longe e nem tão perto,
Na medida mais precisa que eu puder
Mas amar-te como próximo, sem medida e ficar sempre em tua vida.
Da maneira mais discreta que eu souber
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar, sem forçar a tua vontade.
Sem falar quando for a hora de calar e sem calar quando for a hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais, simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso, é tão difícil aprender...
Por isso, eu te peço paciência.
Vou encher este teu rosto de alegrias, lembranças!
Dê-me tempo de acertar nossas distâncias!"

Fernando Pessoa

domingo, 29 de abril de 2012

Alice tem me roubado o siso.


Começo a entender o porquê denominar, sem critério algum, qualquer tipo que se faça inconstante, de bipolar. A verdade é essa mesmo: dois polos que divergem e são mal administrados pelo dono.
Uma inconstância padronizada. Que incomoda, afasta e isola.
Alice não admite, mas no fundo ela sabe que não se trata de transtorno psicológico, enquanto eu entendo e ganho tempo.
Amanhece e o dia parece conspirar a favor.
Ele sorriu, cumprimentou, inquiriu, quis, desejou.
A essa hora o dia é de sol com o cheirinho gostoso da chuva.
As vias são de caminhos de algodão.
Os sons das buzinas vem de harpas pós-moderna. O corpo flutua e as nuvens estão nos pés.
Ele parece não se importar com a cor dos dentes ou a falta de algum deles. Olha pela 23º vez pra ela, como se o corpo esculpisse a essência que há anos procura. Cada milimetrado movimento do olhar  tem a atenção de quem procura uma única pista autoexplicativa do encantamento. As mãos não tem firmeza, parecem nervosas, mas diante da energia que hipnotiza, tudo se torna uma delicadeza despudorada e instigante.
Uma segura forma pudica de seguir em frente com olhos fechados.
As palavras fluem e parecem conversar até mesmo por pensamento. Não estão juntos, mas sabem-se em qualquer lugar. Diálogos são necessários na rotina imprevisível e tamanha sintonia faz o vento passar trazendo o exilar da pele, mesmo separados por curtos demorados quarteirões.
É gostoso conhecer mais uma forma infinita de amar.
A existência, pessoas, compromissos, música, coração, pele parecem ter o mesmo sentido à dois. É como olhar essa vasta imensidão pela mesma visão sem que se combinem. Daí o entrelaçar dos braços tornam-se legos de criança. Os lábios possuem poder de encaixe e fazer o mundo parar de dar voltas.
É intenso, desesperador, langoroso.
Se de uma outra visão a vida é feito comercial de margarina, seria eu e Alice a própria, se derretendo e esvaindo ao entrar em contato com este calor. Nesse momento somos Alice Maria ou Maria Alice. A ordem dos fatores não mais alterará o produto. Mas o importante é o que se é.
Alice diz até logo. Eu sempre penso: "é a ultima vez".
E as vezes é. A maioria das vezes são. Serão. Cada vez traz um "quê" de última vez.
Não me apego à de repentes, percebo mesmo quando não existe, o sorriso da cor amarela, quando o olhar fica distante e as mãos acariciam repetidamente a si mesmo e a própria barba.
A essência já lhe é conhecida e cotidiana. Abundância não desperta a atenção dele. Correr atrás do desconhecido é mais interessante. São fases.
Frases são mal compreendidas e a sensibilidade de outrora abre espaço para a falta de zelo e consideração. Grosseria lhe parece ser tão óbvio que eu passo ter certeza de estar perdendo minha capacidade de individuação. Fico atônita e minhas horas seguintes são destruídas.
É como apertar o botão de queimar liquidificador até chegar ao ponto da indiferença com uma pitada de esquecimento. Um dia uma nova receita é descoberta e o dissabor se inverte.
A apatia me assola por causa de Alice que fica chorosa, mas entre o vai e vem de tantos tamanhos, sinto que ela vem encontrando a medida certa e vem se afastando. Fico triste por ela ter a inocência da ilusão e se maravilhar com flores que nascem entre pedras, enquanto vivo uma realidade antropizada de pedras que jazem imóveis. Mas são apenas pedras. E pedras não ouvem, não falam, não sentem, não morrem. Pedras são pedras. Solitárias.
Nesse jogo de se e não, as pessoas burlam regras, confundem personagens, se desencontram, se perdem e FIM.




domingo, 12 de fevereiro de 2012

Que coincidência é o amor.

E quando o dia traz uma data marcante e você não sente vontade de comemorar?
E quando você faz uma pergunta e não sente necessidade em saber a resposta e some (sem dar tchau. Sumir de sumir 'meiismo')?
E quando você faz mudar pra depois se mandar?
E quando a gentileza e carinho só lhe cabem na hora de amar?


E quando você procura uma música romântica na memória e a única que lhe vem a cabeça é a voz da Cris Nicolotti?



sábado, 11 de fevereiro de 2012

Sebo nas canelas

E eis que por petulância do destino fui tida como uma taralhoca de Wonderland adepta do antropomorfismo, que tal?
Tenho roupas na cor azul e branco mais uma fita no cabelo.
Não. Não sou Alice e muitos menos MariaX.
Sou Felícia Tiny Toon, prazer!
Meus carinhos são..... alá ele já sufocando!
Oi?
Querido, se você é um animal engaiolado, deve ser um passarinho que tem tomado água que tubarão não nada, pq né...
Vou te falar que tenho aprendido sobre signos. Pois é.
E um, em especial, tem me chamado a atenção.
Como que pode essa incrível facilidade de se entregar a uma paixão, sem ao menos saber a duração?
Uma manhã, uma tarde, uma noite, poucas ou loucas horas. Não importa.
Se eu fosse a Alice, não perguntaria mais ao coelho, quanto tempo durava um segundo, bastava olhar pra um ariano e saber que, ás vezes, dura uma eternidade.
Serião... Ele se dá num pacote fechado sem titubear. Alma, coração, corpo, pensamento, vida e aliança.
Tudo na tua mão gélida e 'hiperidrosa'.
Se for uma pisciana, daquela que se sacrifca pelos outros, não sabe dizer não e parece viver pela última vez... O que é? Ta achando tudo bonitinho, romântico, o casal ideial?
Leva pra tua casa. Dá amor, banho, comida, sorriso largo e B*** lavada pra voce ver.
Tudo bem que Os mano ariano pira no olhar sereno das piscianas, mas...
Também aprendi que, se voce nasce perto da mudança de um signo pro outro, pode ser que sejas do outro signo. Acho que é a margem de erro dos signos hehehe, mas já que to levando a fama de antropomorfista, vou animalizar a situação.
Desconfio que esse ariano seja taurino. Do jeito que é intenso, pode ser os dois.
O egoísmo de achar que na face da terra só existe o ponto de vista dele, a opinião dele e as ideias dele, (Mas né... a história quem conta é ele, então, deixa contar do jeito que quiser e achar. Agora entendo por que o Pateta fala e o Pluto não), me fazem desconfiar que tem algo errado nessa contagem ai.
Se não for por isso, pode ser pelo sex appeal filantrópico-etílico-intelectocutural da pessoa humana.
Só sei que dessa mistura, saiu um Ser de vasto relacionamentos no currículo, no maior estilo, "explosão de sentimentos, meteoro da paixão", pq né... a pessoa adora poder amar, não vive sem sexo, ciúmes e emoção.
O astronauta de vênus, depois da viagem pelo espaço, aterriza, recobra a consciência, te olha diferente e com cara de indignado te pergunta: "Oi?!" "Que lugar é esse?" "Onde estou?" "Quem foi - VOCÊ - que me colocou nessa situação fora do MEU MUNDO?"
O.o
O cara vive num mundo supersônico, de pedras que sonham, de limos que te dão paz e, de repente, te culpa por todas as dores do mundo.
A impressão que tenho, é que ele vai ficar nessa de tentar fazer tu enxergares a "luz" e "ser uma pessoa melhor", pra não fazer sofrer mais nenhum coração até pintar outra viagem alucinante pra ele.
Se tu, pisciana, está no teu inferno astral, abstrai pq a tua fúria há de passar.
Catarse. Catarse. Catarse.
Peraí.
Quiseste o calor das minhas asas.
Suplicaste pela minha respiração.
Me fizeste uma droga viciante.
Abandonaste teu tempo para ser escravo do meu.
Montaste um cenário de vodkas, cervejas, cigarros, fumaças, música, livros e agora, acordado, queres me contar o quanto egoísta e possessiva eu sou, MAS HEIN?

O que mais me deixa perplexa e sem resposta é vê tu tratares tua vida, como as do 5386 filmes que já viste.

É fazer da vida das pessoas meros personagens de uma trama, com cena de drama e oscar de melhor atriz.

Descobri que fazes das tuas histórias um jogo de loucura inexistente.


*Você está fazendo isso errado.*


Acabou a sessão. As luzes foram acesas. E tu partiste cantando.

E eu?
(volto pro meu mundo onírico)


(ou pro meu quarto cor-de-rosa)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012