sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Devaneio

Você não vai acreditar.
Talvez saiba, mas não acredita: uma quinzena passou desde da ultima pseudo-conversa. Que bobagem está escrevendo isso. Mas quem criticaria saudade em forma de letra?
Eu sabia que esse dia ia chegar. Larguei-me em lágrimas outras vezes, já me joguei, pensei, refleti, tentei, sofri e voltei então, quem esperava que assim, de repente, acontecesse o fim?
Estranho dizer fim. Fim de que?
Fim de um amor. Sim, amor. Insisto em dizer que é amor.
2012 acabou também. Mas em mim acho que foram em partes. O que me faz ficar são as lembranças. Devo te-las para sempre portanto, terei que ir me desvencilhando aos poucos e conviver de forma amigável com elas.
Lembro quando você me deu este anel aqui. Lembro que em seguida fiquei decepcionada pela "notícia" contada. Lembro e sorrio. Porque eu lembro da tua risada, do teu desconcertamento lascivo, do teu colo - aquele que eu deitava de bruços e fechava os olhos e ficava dançando parada nos batimentos do teu coração.
É tudo sinestésico. Lembranças com gosto de café, cigarro e cerveja.
Foi aproximadamente um ano. Posso dizer, apesar de te desconhecer hoje, que eu sei da tua rotina, dos teus programas, planos, pensamentos, hábitos e até tuas estações. Passamos um natal, um réveillon, carnaval, aniversários, páscoa, dias das mães, dia dos namorados, são joão, férias escolar, dia dos pais, dia da independência, círio, finados e findou-se antes mesmo de acabar.
Eu te conheço. Encarei teus medos. Mas né... na verdade, por quê estou escrevendo isso, de que importa?
Não importa mais.
Eu te acompanho de longe. E isso já me serve.


 

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